domingo, 11 de dezembro de 2011

Anti-sépticos bucais





 Anti-sépticos bucais,também conhecidos como enxaguatórios,devem ser encarados como remédios de tarja vermelha.Usados sem critério,podem provocar danos variados - de manchas nos dentes a câncer.



Bochechos de 30 segundos,três vezes ao dia - recomenda o rótulo dos anti-sépticos.Prático e eficaz.Não é o que parece?Pois saiba que o uso rotineiro dessas fórmulas como complemento da higiene dos dentes tem preocupaso especialistas em saúde bucal.Primeiro porque elas caíram mesmo nas graças dos brasileiros - o que sugere consumo indiscriminado.Em um ano,segundo a Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal,Perfumaria e Cosméticos),as vendas cresceram 11% .O xis da questão é que produtos do gênero cumprem apenas em parte a promessa de combater a placa bacteriana.Além disso,podem ser perigosos.Veja o que a periodontista Denize Gregório,baseada em sua experiência clínica: " Os enxaguatórios não acabam com as bactérias verdadeiramente perigosas,aquelas que já instalaram sob a gengiva."Por outro lado,modificam a flora bucal.Isso é péssimo."Nosso organismo convive saudavelmente com milhões de microorganismos.E oa anti-sépticos literalmente lavam a boca,carregando alguma bactérias amigáveis",completa o ortodontista Ivan Valle.Um desequilíbrio capaz de levar a doenças como periodontite - doença na gengiva que agride a estrutura óssea responsável pela sustentação dos dentes.
Outro efeito colateral é a alteração do pH da saliva.O uso frequente dessas fórmulas modifica a acidez da boca e abre caminho para as cáries.Os prejuízos não param por aqui.Manchas amarelas nos dentes e nas mucosas,além da diminuição do paladar,são problemas frequentes,embora menos graves.Uma vez interrompido o uso,desaparecem.
O maior perigo do uso indiscriminado é a descamação da mucosa.Quando isso acontece,o organismo se encarrega de repor o tecido perdido.Há risco,então,de um crescimento celular desordenado,que pode até levar ao câncer de boca."Esses enxaguatórios são remédios,e como tal,devem ser indicados por um especialista",enfatiza Ivan. "Quem tem boca saudável não precisa nem deve lançar mão desses produtos,diz Sallum."Menos radical,Denise não condena o uso,mas ressalva: " Não costumo recomendar esses antí-sépticos para combater a placa bacteriana.Para ela,o problema é a presença do álcool de certos produtos."É essa substância que causa a descamação da mucosa bucal",acusa.Em alguns casos,a percentagem chega a níveis inacreditavelmente altos. 

É DE ASSUSTAR!


Comparamos o teor alcoólico dos anti-sépticos (varia de 6% a 21,6%) com o de algumas bebidas.Confira:






  

                                                        sakê:13% de álcool










                                                   vinho:12% aproximadamente







  



                                                   cerveja:4% em média



Há os que minimizam os riscos.Vianna diz,"Existem vários tipos de anti-sépticos,não dá para generalizar."De fato,há diferenças entre os  congêneres.Alguns tem ação terapêutica,outros apenas perfumam o hálito.Como,então escolher o mais adequado?É fácil."Aqueles que informarem no rótulo que têm ação anti-séptica ou antibacteriana só devem ser usados se o especialista recomendar",ensina Sallum.Na dúvida,converse com o seu dentista e lembre-se: não há anti-séptico que substitua a escova e o fio dental".




Fonte:Saúde  É Vital!

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