Especialista afirma que conclusões do estudo não podem ser aplicadas aos exames de imagem usados na Odontologia e fala da importância da imaginologia na prática odontológica
Depois de avaliarem dados de 178.604 pacientes,submetidos à tomografia computadorizada (TC)entre 1985 e 2002, pesquisadores britânicos, canadenses e norte-americanos quantificam o risco de câncer em crianças que pode ser causado pelas doses de radiação desse tipo de exame.Eles concluíram que,para crianças até 15 anos,as doses de radiação de duas a três tomografias na região da cabeça podem triplicar os riscos de cãncer de cérebro,e as doses de cinco a 10 tomografias podem triplicar o risco de leucemia. As doses a que os autores se referem são cerca de 60 miligray (mGy) e 50 mGy para os casos de câncer de cérebro e de leucemia,respectivamente.
Longe de querer denegrir tal exame,que é extremamente necessário para o diagnóstico de muitas enfermidades, a intenção dos estudiosos foi a alertar para o bom senso na indicação do mesmo.
Israel Chilvarquer,diz que o estudo não contempla conclusões que possam ser aplicados na rotina de Imagem na Odontologia,apesar de acreditamos que irradiar pacientes jovens utilizando o tomografia computadorizada médica,como apresentada pelos autores,realmente a probalidade de haver a indução carcinogênica.
Riscos são menores que benefícios
As técnicas de imagem comumente utilizadas na Odontologia,genericamente ,possuem doses extremamente pequenas de radiação."Hoje dispomos de tecnologia para minimizarmos os possíveis danos oriundos das radiações ionizantes na rotina odontológica.Podemos citar o uso de aventais plumbífero,aparelhos calibrados constantementee supervisionados pelas normas da Anvisa, o uso cada vez mais das Técnicas Digitais, e colimadores automáticosque geram campos de visão cada vez mais limitados à àrea de interesse.Podemos afirmar que os riscos radiobiológicos são infinitivamente menores que os benefícios oriundos da Radiologia,ou melhor,da Imaginologia Bucomaxilofacialna prática da Odontologia do século XXI.",afirma Chilvarquer.
Fonte:APCD Jornal Set/2012
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