sábado, 28 de janeiro de 2012

O diabete no dentista

Esse profissional tem um papel cada vez mais relevante na identificação da doença. Ele pode suspeitar da existência do problema por meio de um simples exame rotineiro


 por Caroline Randmer • design Cinthia Suenaga e Laura Salaberry • fotos Gus








Muita gente carrega mais açúcar no sangue do que deveria e nem desconfia disso. Essas pessoas também nem imaginam que uma visita ao dentista contribui para flagrar o diabete. A fim de provar que a cavidade bucal pode delatar o problema, a Columbia University College of Dental Medicine, nos Estados Unidos, examinou 601 indivíduos com 30 anos de idade ou mais e que ainda não haviam sido diagnosticados com a doença. Ao iniciarem o estudo, os pesquisadores traçaram uma meta: encontrar as principais pistas capazes de denunciar que a glicose estava nas alturas.

Depois de cruzar os resultados das consultas de cada um dos participantes e dos exames de hemoglobina glicada, que nos dá a média de açúcar na circulação dos últimos 90 dias, os cientistas descobriram que, para aqueles que relataram ter pelo menos um fator de risco para o diabete — como o sobrepeso —, a falta de dentes e as inflamações crônicas da gengiva eram um indício do mal. "Conseguimos identificar níveis elevados de glicose em 36% dos voluntários", conta a dentista Evanthia Lalla, uma das autoras da pesquisa. Dito de outro jeito, uma visita a esse especialista ajuda a descortinar uma enfermidade que, na maioria das vezes, se desenvolve sorrateiramente, abalando a saúde do corpo inteiro.

O sobe e sobe da glicose

Quem é diabético lida constantemente com a baixa imunidade, já que a atuação das células de defesa fica comprometida por causa da hiperglicemia — quando a corrente sanguínea se torna, por assim dizer, mais adocicada do que o ideal. E os dentes não são exceção à regra. "As infecções progridem mais rápido e provocam um estrago ainda maior", explica Elaine Escobar, coordenadora do curso de odontologia do Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), em São Paulo.

Para essas pessoas, se a higiene oral não for mais cuidadosa do que a de praxe, tende a surgir um acúmulo da placa bacteriana, o popular tártaro, que vai originar a gengivite — caracterizada por sangramento e inchaço. "E, se não for tratado, esse quadro costuma evoluir para a periodontite, que danifica as estruturas de suporte ao redor do dente, chegando a resultar em queda", explica Evanthia.

Quando as portas se abrem para as bactérias, é bem difícil fechá-las. "Por causa da menor eficiência das células defensoras, o processo de reparação das doenças gengivais é mais lento e demanda um maior zelo", alerta Elaine. A hiperglicemia, além de favorecer a entrada de micróbios estranhos, interfere na locomoção dos nossos soldados internos e na síntese de colágeno, proteína encarregada de cicatrizar a gengiva inflamada.

"Tudo isso também está relacionado à diminuição da qualidade e da quantidade de saliva", diz Alexandre Fraige, diretor do Departamento de Odontologia da Associação Nacional de Assistência ao Diabético. Nos portadores de diabete, esse detergente natural não atua como esperado (veja o infográfico na página seguinte).

Debelar infecções na boca também é uma forma de frear o mal do sangue doce. "A periodontite, por exemplo, exacerba a resistência à insulina", esclarece o endocrinologista Carlos Eduardo Couri, autor do livro O Futuro do Diabete (Editora Abril). Aí, nesse caso, esse hormônio não consegue desempenhar sua função primordial, que é botar o açúcar para dentro das células. "Podemos dizer, assim, que a situação é uma via de mão dupla. O diabete dificulta o tratamento das doenças periodontais e elas agravam ainda mais o diabete", complementa o odontologista Walter Bretz, professor da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos.

Mas, mesmo quando a infecção está em um nível avançado, é possível restabelecer a saúde oral e assumir as rédeas da doença. O acompanhamento odontológico, juntamente com uma alimentação adequada, vai, aos poucos, regulando a glicemia. "Todo endocrinologista deve orientar o diabético a ir ao dentista", diz Couri. Aí, as visitas à cadeira desse especialista passam a ser trimestrais. "Quando os profissionais conversam, o tratamento fica mais fácil." Agora só resta uma pergunta: já fez seu checkup odontológico?

Sinais na boca de um sangue doce demais

> Boca seca
> Aftas
> Úlceras
> Fissuras na língua
> Mau hálito
> Dores na língua e na mucosa
> Lesões herpéticas
> Cáries
> Comprometimento
> do esmalte
> dentário

Como o açúcar do sangue prejudica o sorriso


Não basta evitar guloseimas. A doçura da circulação também traz ameaças







1. A saliva em pessoas com os níveis de açúcar normais é espessa, criando uma camada de proteção eficaz.

2. Já nos diabéticos, ela é mais escassa, tem menos fatores de proteção e carrega glicose, que vai ser digerida pela bactéria, favorecendo a cárie.

3. Ao ser atacado pelas bactérias, o corpo recruta células de defesa. Nos diabéticos, porém, elas até chegam ao campo de batalha, mas sem energia, já que a insulina não as supre com açúcar. Daí, o fígado passa a usar as reservas de glicogênio, liberando mais e mais glicose. Esse é um dos motivos pelos quais as infecções orais aumentam a glicemia no organismo.


Testes para checar a doçura no sangue


Glicemia

É a famosa picada no dedo. Dosa o nível de glicose circulante no corpo naquele momento. É importante lembrar que o resultado de uma pessoa medicada ou em jejum pode apresentar alterações.

Hemoglobina glicada

Conhecido por ser o melhor método de controle glicêmico, reflete a média de açúcar no sangue dos últimos 60 a 90 dias. Por esse motivo, não registra variações bruscas. O resultado sai em até 48 horas.

Tolerância à glicose

São coletadas duas amostras de sangue e, no intervalo entre elas, a pessoa ingere uma solução açucarada. O laboratório compara a taxa de glicose de ambas para revelar a resistência à insulina de cada indivíduo.


Fonte: Saúde É Vital! Out/11

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Dê um cala-boca no câncer oral

 

Álcool, fumo e sexo sem proteção fazem esse mal, bem comum, se alastrar. Mas há como criar barreiras protetoras


 



Fonte: Revista Saúde É Vital! JAN 2012
Estatísticas mundiais mostram que a incidência de câncer na boca tem crescido no planeta, principalmente entre adultos jovens. O grande responsável pelo aumento entre essa turma é o vírus HPV. A explicação, segundo o Instituto Nacional de Câncer, o Inca, teria a ver com os hábitos sexuais. Os outros dois vilões são o álcool e o cigarro — quando essa dupla maligna atua em conjunto, o risco de o problema dar as caras é 30 vezes maior. A boa notícia é que o diagnóstico precoce da doença eleva as chances de cura. Para isso, devem entrar em cena dentistas e médicos.

Esse foi um dos objetivos de um projeto realizado no Ceará e finalista na categoria Políticas Públicas do Prêmio SAÚDE 2011. "Criamos o programa porque estávamos cansados de receber pacientes com a doença avançada a ponto de não ser possível operar", explica Fabricio Bitu, professor da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Ceará e coordenador da força-tarefa idealizada para conter o avanço da doença no estado. "Esses tumores são comuns em pessoas de baixa instrução e renda, com dificuldade de acesso aos serviços de saúde", continua o dentista.

A solução foi criar uma rede de diagnóstico e rastreamento que, desde 2006, reúne especialistas também da Universidade de Fortaleza, da Secretaria Estadual de Saúde, do Conselho Regional de Odontologia e da Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza — e já atendeu mais de 20 mil pessoas.

A equipe é formada por dentistas de especialidades como patologia, cirurgia, epidemiologia, além de cirurgiões médicos e estudantes. Os profissionais identificam as áreas cearenses mais impactadas pela doença, levam aos moradores dessas regiões informações sobre os fatores que provocam o mal, ensinam medidas de prevenção e realizam exames detalhados. Quando necessário, os pacientes são encaminhados para as grandes cidades, em especial Fortaleza.

O time cearense tem foco ainda no treinamento de dentistas da rede básica de saúde. Afinal, visitas regulares ao consultório desses profissionais não devem servir apenas para verificar o estado dos dentes, mas para procurar sinais que denunciem a presença de tumores. Quanto mais cedo o câncer for diagnosticado, menor será a área retirada pela intervenção cirúrgica indicada para esse tipo de neoplasia. Daí que iniciar logo o tratamento diminui as complicações que a doença costuma provocar na fala, deglutição e respiração.

Informar para prevenir
Uma dieta equilibrada é arma essencial nessa luta, lembra Luiz Paulo Kowalski, cirurgião oncológico do Hospital A.C. Camargo, na capital paulista. "O consumo de frutas e verduras protege contra o câncer", diz o médico. "Por outro lado, pessoas que comem churrasco ou carne grelhada mais de quatro vezes por semana têm maior risco de desenvolver a doença." A justificativa está na fumaça, cujos agentes cancerígenos ficam impregnados na carne. Não é o caso de limar da agenda o famoso churrasquinho com os amigos — o segredo está no equilíbrio. Outro fator que conta, e muito, para fechar as portas aos agressores é não se descuidar da higiene. Escova e fio dental, já se sabe, precisam entrar em ação pelo menos três vezes ao dia. "Mas é preciso evitar o uso indiscriminado de enxaguatórios bucais com álcool na fórmula. Eles podem disparar o problema", alerta Kowalski.

O exame clínico ainda é a melhor forma de flagrar alterações que podem ser sinal de perigo, mas pesquisadores buscam na tecnologia um apoio para a tarefa. Na Universidade de São Paulo, por exemplo, está em teste há um ano um aparelho chamado Velscope (Visually Enhanced Lesion Scope). "Ele é um coadjuvante no diagnóstico", apressa-se a dizer Celso Augusto Lemos Júnior, que supervisiona o trabalho e é presidente da Sociedade Brasileira de Estomatologia. "Os feixes luminosos emitidos pelo equipamento ajudam na avaliação e são eficientes na demarcação da área onde a biópsia deve ser feita."

O mais importante da pesquisa, na opinião de Celso Lemos, é jogar luz sobre o assunto para reforçar a prevenção: apagar o cigarro de vez, diminuir o consumo de álcool e usar protetor labial, evitando os estragos da ação do sol. Já para vencer um dos protagonistas dessa história, o HPV, não tem acordo: sexo oral, só com camisinha. Até porque a vacina contra esse vírus, recomendada há algum tempo para garotas a partir de 9 anos, só recentemente foi aprovada também para meninos. Ou seja, serão necessários anos até que os primeiros resultados apareçam. E não é nada esperto se expor ao inimigo quando se sabe a estratégia para fazê-lo recuar.


Sinais de alerta

É fundamental procurar o dentista ou o médico quando alguns sintomas persistem por mais de duas semanas. Os mais comuns são lesões e feridas que não cicatrizam, manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na gengiva e na língua e carocinhos nas bochechas. Atente também para a dificuldade para mastigar e engolir.

O mapa da doença
Dados do Globocan 2008, levantamento da Organização Mundial da Saúde, apontam cerca de 275 mil novos casos de câncer oral no mundo por ano. Ao lado, em vermelho, as regiões do planeta em que há maior incidência da doença

Que áreas da cavidade oral podem ser afetadas?

Os tumores são mais frequentes na língua, no assoalho (embaixo da língua) e no palato, o céu da boca. Mas eles ocorrem também nos lábios, na mucosa, na gengiva e nas amígdalas.

Sorriso bonito contra o mal
Traumas crônicos, provocados por dentes fraturados e próteses mal adaptadas, aumentam o risco de tumores. E estudos mostram que as bactérias envolvidas na doença periodontal, que ataca a gengiva, facilitam a ação de substâncias cancerígenas. Portanto, a boa escovação também previne esse câncer.

Números da doença


• No Ceará, de 5 a 10 novos casos são diagnosticados por semana

• Esse tipo de câncer é o 4º mais frequente na Região Nordeste (6/100 mil)

• O fumo é responsável por cerca de 42% de mortes pela doença

• Segundo estimativas do Inca, o Brasil terá 14 170 casos da doença em 2012, sendo 9 990 em homens e 4 180 em mulheres

• A combinação de álcool e cigarro aumenta em 30 vezes o risco de desenvolver a doença

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS NA PREVENÇÃO DA CÁRIE












           Estudos conduzido por CD ao longo de 35 anos investe na manutenção equilibrada da flora bacteriana presente na boca,sem o uso de produtos químicos,para erradicar a lesão de cárie.



Deve se investir no equilíbrio biológico da boca,sem prejuízo à qualidade de vida do ser humano,sem que ele prive de comer os alimentos que gosta.
Na época dos homens primitivos,apesar de todos os elementos necessários para desenvolver a cárie existirem,havia um condição de desequilíbrio e reequilíbrio,representados pelo fenômeno  da desmineralização e remineralização,mediadas pela saliva,que mantinha a estrutura do esmalte dentário intacta e o equilíbrio da cavidade bucal.
A melhor maneira de evitar esse desequilíbrio e,por consequência,a cárie ,é a remoção periódica da placa bacteriana,desde a infância,no consultório,que pode proporcionar o reequilíbrio da biodiversidade antes que ela produza ácidos em quantidade e frequencia suficientes para lesionar o esmalte dentário.Uma profilaxia mensal ajuda a conquistar um resultado de quase 100%  de sucesso na prevenção da cárie.sem intervenção química,mesmo que a escovação em casa seja vulnerável.



Fonte: JABO nov./dez 2011







       

domingo, 22 de janeiro de 2012

CÂNCER DE BOCA ATINGE QUASE 15 MIL

    






Os principais fatores de risco são o fumo,a ingestão de bebidas alcoólicas e contaminação pelo vírus HPV,contraído nas relações sexuais.Diagnóstico precoce deve fazer parte da campanha global.ABO Nacional cumpre seu papel social informando corretamente a população sobre a importância dessa medida.

  

O câncer de boca atingiu em 2010 14.120 pessoas,sendo 10.330 homens e 3.790 mulheres,segundo INCA.
Por causa da doença,os pacientes têm diversas partes do rosto atingidas - incluindo olhos,bochechas e orelhas - o que só pode ser revertido com a retirada das áreas comprometidas e o implante de próteses e tecidos.
A melhor forma de evitar é a prática de hábitos saudáveis,aliada ao autoexame da boca,o que pode ser feito diante de um espelho.Ao menor sinal de alteração na mucosa bucal,deve s procurar orientação médica ou odontológica.



   AUTOEXAME DEVE SER CAMPANHA GLOBAL


O CD é um dos profissionais de saúde que tem condições de diagnosticar precocemente a doença,e também ensinar corretamente a seus pacientes como fazer o autoexame ou encaminhá-lo ao serviço especializado.
É importante detectar a doença nas fases iniciais,pois a maior parte das pessoas- cerca de 80% - só descobre o câncer de boca nas fases avançadas,o que dificulta o tratamento.A taxa de mortalidade do câncer de boca gira em torno de 13%,considerada alta para os padrões da doença.


                CONSCIENTIZE SEUS PACIENTES

* Durante o autoexame,deve-se procurar por sinais como feridas,que não desaparecem,nódulos ou caroços,dor persistente na boca,manchas brancas,vermelhas ou roxas dentro da boca.

* Dificuldade para mastigar,engolir ou mexer a língua.

* Inchaço ou dor no maxilar,dor constante na orelha,sangramento na boca,rouquidão.

sábado, 21 de janeiro de 2012

MOLAS LAS VEGAS DE RICKETTS















TRAÇADO CEFALOMÉTRICO DE RICKETTS

                                 


                                                                                                                                                                                                                 
                                       

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Exercícios de fonoaudiologia








MARKETING no consultório!Qualidade em serviços.Eu tenho qualidade?



                                                                                                                                  



Na odontologia,durante toda a faculdade e até depois dela,nos preparamos para entregar o básico,o fim ou seja,atender à necessidade estética e funcional que as pessoas têm em relação aos seus dentes.Porém cada grupo de pessoas espera que esta entrega seja feita de uma forma diferente,uns esperam rapidez,outros conforto,outros procuram status,alguns desejam sofisticação,outros preços e condições de pagamento e por aí vaí...

     Assim,os serviços odontológicos tornam-se diferentes uns dos outros muito mais no COMO são entregues,do que no O QUE se entrega, já que dificilmente um cliente consegue julgar a qualidade básica,um material,uma técnica ou a capacidade e habilidade do cirurgião-dentista.Porém,consegue,e com muita facilidade,avaliar a rapidez,atenção,empatia,conforto,capacidade de comunicação,sofisticação e etc.





BUSCANDO QUALIDADE
  


* Conheça tecnicamente os seus serviços e adquira habilidade para entregá-los (Qualificação Técnica);

* Identifique ou selecione um grupo de pessoas que se sinta mais apto a entregar seus serviços e que seja financeiramente interessante para trabalhar ( segmento de mercado);

* Avalie os desejos deste grupo,quais seus valores,e COMO  ele espera que o serviço seja entregue ( Pesquisas);

*Desenvolva formas de comunicação interna (Evidências físicas,Processos e Pessoas) e externa ( Promoção),para que este grupo PERCEBA  estes elementos dentro da organização.

* Monitore frquentemente os clientes,identificando pontos a serem melhorados ou desenvolvidos,gerando assim,a fidelização do grupo e sua consequente indicação.



Ricardo Lenzi

domingo, 15 de janeiro de 2012

OSTEOPOROSE E SAÚDE BUCAL

                                   

         


A doença,crônica e progressiva,também pode atingir o sistema maxilomandibular.CD tem papel importante no diagnóstico.

A osteoporose é um problema que mais afetam a população idosa em todo o mundo.As mulheres são mais vulneráveis do que os homens – estudos revelam que 56% das mulheres com 50 anos ou mais apresentam redução na densidade mineral óssea,e 16% apresentam osteporose.Nos homens na mesma faixa etária,a redução da densidade mineral atinge 18%.Mesmo parecendo lógico,ainda não existem meios de qualificar o nível de osteopenia ou osteoporose que é representativo para a saúde bucal e para os protocolos de tratamento da Odontologia.
Ao mesmo tempo,as crescentes pesquisas sobre o tema são promissoras e já permitem estipular metodologias de trabalho clínico que melhorem  as condições para que os profissionais da Odontologia lidem com esses casos e aumentem suas perspectivas de sucesso nas intervenções junto desses pacientes.
Estudo feito pela CD Karina G Zecchin,FOP,mostra que a osteoporose é um fator que retarda a regeneração do osso na maxila de paciente quem passa por implante dentário.O estudo revela ainda que a abordagem terapêutica deve ser de forma diferenciada com pessoas que possuem osteoporose.




O CD tratando a osteoporose

A osteoporose,por ser uma doença metabólica crônica e progressiva que altera a integridade estrutural do osso,pode afetar a densidade mineral de diversas partes do corpo,inclusive do sistema maxilomandibular.
A reabsorção óssea  dos maxilares influencia diretamente na fixação dos dentes junto à mandíbula.Um grau severo de perda na densidade óssea pode levar à perda de dentes naturais e dificultar a fixação de próteses e implantes.Os sinais mais comuns aos quais o CD deve estar atento são a reabsorção óssea alveolar,sem que haja motivo local para causá-las.A literatura odontológica aponta dois tipos:a tipo I Primária,que acontece após a menopausa e que leva à intensa reabsorção óssea;e a tipo II Primária,caracterizada por uma menor formação óssea.
A queda dos dentes naturais e dores na gengiva,em muitos casos,podem ser sintomas da osteoporose.O profissional da Odontologia deve prestar  muita atenção a esses sintomas,pois a osteporose dificilmente é diagnosticada,a não ser que haja alguma fratura.A ocorrência de dentes frágeis e dificuldade na fixação de próteses e implantes pode ser um sinal de que há algo errado.Por isso,o profissional precisa estar atento à idade do paciente e aos relatos de elementos dentários,a fim de evitar  agravamento de doenças periodontais e possibilidade de fraturas por deficiência de massa óssea.Associe-se com médico.
Opções para aumentar a quantidade e qualidade do osso antes de um implante,que vão desde o revestimento do titânio do implante com hidroxiapatita até o enxerto de osso bovino liofilizado ou polietileno poroso na área,entre outras.O CD deve avaliar clínica e radiograficamente a possobilidade de fazer implante no local desejado.É fundamental que a osteoporose do corpo não prejudique a saúde bucal do paciente.Para isso,o CD deve indicar alguns cuidados,além de acompanhá-lo e realizar exames radiográfico de rotina,como:
·       Eliminação do cigarro e álcool.
·       Prática de exercícios físicos,de preferência ao ar livre,em horários que dispensem o uso de protetor solar para facilitar a absorção de vitamina D.
·       Ingestão de alimentos ricos em minerais.
·       Diminuição do uso de açúcar.
Dente, menstruação e até gordurinhas podem ser doados para ajudar a ciência
 
GIULIANA MIRANDA
DE SÃO PAULO

Dentes de leite, restos de placenta, sangue menstrual e até gordura da barriga podem ser entregues à ciência para ajudar na busca de tratamentos para problemas tão variados quanto autismo e doenças degenerativas.


Os "resíduos" podem ser encaminhados para centros de pesquisa, onde são usados principalmente em estudos com células-tronco.


Essa modalidade de doação, no entanto, é quase desconhecida no Brasil. Os cientistas precisam se desdobrar para que as pesquisas não parem por falta de material.


O esforço inclui não ter vergonha de pedir para participar do parto de desconhecidos. "Uma vez, fui trocar um presente e reparei que a vendedora estava grávida. Pensei logo na minha pesquisa e falei sobre a doação", conta Patrícia Beltrão Braga, pesquisadora da USP.


"A placenta e o cordão umbilical são normalmente descartados como lixo hospitalar depois do parto", diz a cientista. "Pedimos para usar isso que já vai ser jogado fora mesmo."


Além do trabalho com placentas, o Laboratório de Células-Tronco da Faculdade de Veterinária da USP, que ela comanda, também faz pesquisas com dentes de leite. As células-tronco da polpa do dente podem ser transformadas em neurônios: um modelo perfeito para estudar doenças como o autismo.


GORDURINHAS

Outra interessada em material descartado é a geneticista Natássia Vieira, pesquisadora de Harvard e da USP que vasculha o tecido adiposo em busca da cura para doenças degenerativas, como a distrofia muscular.


Em meio à gordurinha do abdome e do culote, escondem-se células-tronco com poderosa ação regeneradora.


"Quando explicamos a pesquisa, a maioria das pessoas doa. Infelizmente, ainda tem gente que parece ter apego à célula e que acha que vamos usar o material recolhido para fazer um clone", brinca a pesquisadora.


No Centro de Estudos do Genoma Humano, onde é feito esse trabalho, há muito mais células que interessam aos cientistas.


Em busca de células-tronco mesenquimais, a dupla Marcos Valadares e Mayra Vitor Pelatti tem o difícil trabalho de convencer mulheres a doar seu sangue menstrual.


Os pesquisadores garantem que o processo é simples. "É só usar um coletor menstrual, que é um copinho, por duas ou três horas e depois colocar o sangue em um pote com antibiótico que nós fornecemos. Não é tão diferente de usar um absorvente interno", diz Pelatti.


COMO DOAR
Em geral, os laboratórios têm os contatos e as informações básicas em seus sites . Muitas vezes, é enviado ao doador um kit com material. É preciso assinar um documento autorizando a doação.


Com cordão umbilical e placenta, os pesquisadores precisam ser informados da previsão do parto para ficar de plantão, uma vez que a coleta precisa ser feita até uma hora após o nascimento.


Os cientistas costumam ter parcerias com hospitais. Mas eles reafirmam a importância do doador individual.


"A pesquisa só acontece porque as pessoas doam, isso é um ato de amor e solidariedade", define Braga.

sábado, 14 de janeiro de 2012

O que é Terapia Bioprogressiva? - Técnica de Ricketts


 
Será que muitos de nós, ortodontistas, saberíamos responder bem a esta pergunta? Trata-se de uma questão válida, quando se considera a grande variedade de técnicas à disposição dos profissionais da Ortodontia nos dias de hoje.
O que faz a "Técnica de Ricketts" diferente de outras formas de Tratamento Ortodôntico? Os fatores abaixo relacionados poderiam responder à essa pergunta:
1- A Terapia Bioprogressiva é antes de tudo, uma FILOSOFIA de tratamento e não apenas uma TÉCNICA. Existe, não só no DIAGNÓSTICO como também no PLANEJAMENTO do tratamento uma abordagem global, em que se considera o ser humano como "UM TODO".
2- No preparo do caso, respondemos às três perguntas básicas: "ONDE ESTA-MOS?" (diagnóstico), "PARA ONDE VAMOS?" (planejamento) e "COMO CHEGAR LÁ?" (aparatologia).
3- Esta forma de abordagem procura ampliar o diagnóstico avaliando aspectos interligados, como condição respiratória, postura de cabeça e relação côndilo-fossa, bem como a nutrição.
4- O diagnóstico e o plano de tratamento são estreitamente relacionados com a tipologia crânio-facial (Bjork), sendo que a condição da musculatura crânio-facial é um aspecto determinante.
5- O potencial de crescimento facial individual é cuidadosamente avaliado, para que se possa estabelecer objetivos claros e viáveis de tratamento. O ortodontista Bioprogressivo "COMEÇA SABENDO COMO VAI FICAR".
6- No diagnóstico, a cefalometria de Ricketts possibilita uma análise morfológica e descritiva que responde a quase todas as perguntas, atualmente complementada pela análise estrutural, buscando-se determinar o chamado "NORMAL INDIVIDUAL".
7- No planejamento, a elaboração do V.T.O. (VISUALIZAÇÃO DOS OBJETIVOS DO TRATAMENTO), que nada mais é do que um traçado hipotético feito sobre o traçado inicial, onde se projeta as modificações antecipadas devidas ao cresci-mento previsto, bem como aquelas que serão causadas pela mecânica, é de grande utilidade.
8- Uma vez que se tenha determinado esses objetivos, o tratamento é imaginado em uma seqüência lógica, que permite ir-se "destravando" a maloclusão de forma progressiva, restaurando a função normal.
9- No planejamento da mecânica, a seqüência lógica possibilita, bandagem e colagem progressivas, o que reduz o tempo clínico e facilita para o paciente.
10- As forças leves exercidas de forma contínua sobre os dentes, favorecem movimentações que se situam dentro dos limites biológicos.
11- O seccionamento da mecânica, onde os arcos são seccionados e não contínuos, é talvez o grande trunfo dessa terapia idealizada pelo Dr. Robert Ricketts, promovendo deslocamentos dentários em ótimas condições de controle de torque, sem sobrecarregar as unidades de ancoragem.
12- A utilização do "ARCO BASE" permite tratar os "Problemas Verticais" antes dos "Problemas Horizontais" (tais como as sobremordidas profundas, com overjet acentuado, onde se intrui os incisivos inferiores antes da retração dos superiores, sem interferências funcionais).
13- A liga especial (Elgiloy) dos fios utilizados, permite ajustes intra-orais eficientes, ativações que resultam em maior economia de tempo e melhor detalhamento.
14- Há vantagens no emprego de dispositivos de arcos pré-fabricados com grande economia de tempo e de trabalho.
15- O uso de tubos bucais duplos para os molares inferiores e triplos para os superiores permite várias combinações de arcos, executando-se ações simultaneamente.
16- O fio quadrado usado desde os estágios iniciais, garante perfeito controle de torque sobre todos os dentes, durante todo o tratamento.
17- Planeja-se tratar o paciente em relação à forma e ao tamanho que a face terá quando for atingida a maturidade e não apenas pensando-se em dois anos de tratamento.
18- O emprego de dispositivos auxiliares de efeito ortopédico permite que diminua ainda mais o índice de extrações, fazendo com que a Terapia Bioprogressiva de Ricketts seja uma das mais conservadoras (entre 7 a 18%), o que contrasta com técnicas que ainda hoje extraem em 80% dos casos.
Apesar de criticada como de difícil execução, a Terapia de Ricketts já se firmou no mundo inteiro, principalmente na Europa (Michel Langlade), no Japão (Yukio Kitafusa) e no Brasil, onde com apoio decisivo da "SOCIEDADE PAULISTA DE ORTODONTIA", conta com profissionais de primeira linha, que compreenderam que esta é uma terapia ortodôntica MODERNA, INTELIGENTE E SOFISTICADA.


Fonte:http://www.wwow.com.br/portal/colunas/colunas.asp?secao=1&sc=1&scol=2&id=100



terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Brasil vive boom de transplante de osso


 










São Paulo - A busca por um sorriso perfeito tem lotado os consultórios dentários para alegria não só dos pacientes que recuperam sua autoestima, mas também dos profissionais especializados e de um novato nos bancos de tecidos, o osso. A odontologia tem sido responsável por uma explosão nos números de transplantes desse órgão que até bem pouco tempo era ignorado como alternativa de doação humana.

O volume do transplante ósseo no País saltou de 755 casos em 2005 para 23.647 em 2010. Nos primeiros nove meses de 2011, os registros chegaram a 17.609 casos, segundo a Associação Brasileira dos Transplantes de Órgãos (ABTO).
“Há uma forte procura por esse tipo de tecido para tratamento com implantes dentários”, afirma Augusto Santos, responsável pelo Banco de Tecidos do Hospital das Clínicas de São Paulo, ligado à Faculdade de Ortopedia da USP. “O transplante de ossos é oficial, como de fígado ou rim”, explica Santos. “E tem sido muito usado nos consultórios”.

O estudo da entidade mostra que a curva dos transplantes de osso dispara a partir da regulamentação da nova lei dos bancos de tecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Com as modernas técnicas de aproveitamento do osso de doador humano, a oferta do tecido para a reconstrução de face e região da arcada dentária aumentou de 4,1 transplantes de osso por milhão de pacientes (pmp), naquele ano, para 123,1 pmp em 2011 (janeiro a setembro).

Profissionais

O número de dentistas credenciados pelo Ministério da Saúde, habilitados para usar material doado a Banco de Tecido, também é recorde. Em 2005 eram 22 profissionais credenciados, segundo estudo da Universidade de Medicina da USP. Esse número subiu para 402 em 2006 e foi, em 2009, para 2.653. Em 2010, o número de dentistas habilitados foi para 3.585.

O resultado do aumento da oferta de osso, da regulamentação e do incremento dos profissionais de saúde bucal foi uma avalanche de procedimentos de correção nos consultórios.

De acordo com o cirurgião bucomaxilo do Hospital das Clínicas André Caroli Rocha, os enxertos de osso humano para correção odontológica funcionam no apoio de tratamentos como os implantes que usam bases de titânio, o “ouro” da moda dos consultórios dentários.

De acordo com o cirurgião do HC, “o osso transplantado é usado para completar cavidades junto com os pinos. O material de banco de tecidos pode ser granulado ou em blocos, conforme a necessidade e a indicação de cada paciente,” explica Caroli.

Ele explica ainda que o enxerto é também usado no levantamento do maxilar e no alargamento dos ossos da parede da boca para posterior aplicação no local das bases de titânio que darão sustentação para dentes individuais, recuperando as funções de mastigação do paciente e permitindo a reparação estética. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.






Pablo Pereira